O humanismo está diretamente ligado ao Renascimento desde a sua origem como consequência de acontecimentos que marcaram a segunda parte da Idade Media como o desenvolvimento do comércio (a partir da invenção da moeda), o crescimento das cidades em detrimento da zona rural, as universidades e bibliotecas a partir da invenção da impressão tipográfica de Gutemberg.
O homem no centro da discussão científica e filosófica substituindo o teocentristmo (teo = Deus) da Idade Média e o Cosmos na Antiguidade é a caraterística mais marcante do Humanismo. O homem volta a ocupar o lugar central do pensamento, por isso vários autores chamam esta época de “humanismo renascentista” a partir da retomada de antigas obras gregas e romanas na literatura e artes plásticas.
No Século V se utilizou o termo “humanismo” para descrever o tipo de educação e formação intelectual do homem relacionado geralmente à poesia, à retórica, à história e à filosofia. Segundo Paul Oskar Kristeller o humanismo seria a parte literária do Renascimento. Já Eugenio Garin afirma que estes humanistas desenvolveram um novo sistema de filosofar, isto é, pensar e resolver problemas do homem.
Humanistas se valeram do “sincretismo ideológico” a partir de filósofos e pensadores diversos como Hermes, Persas, Davi, Moises, Paltão, Pitágoras, Maomé, Cabalistas, Zaroastro, São Paulo, Aristóteles e Santo Agostinho com um único objetivo: elevar o homem acima de todas as coisas pos “nada havia de mais admirável do que o próprio homem”.
O Renascimento é o movimento cultural que quebra os paradigmas do Teocentrismo na história do pensamento ocidental. Este movimento, de ordem artístico, científico e cultural marca a passagem da Idade Média para a Idade de forma gradativa abraçando também artes plásticas e ciências. Podemos afirmar que o Renascimento se vale dos ideiais humanistas e os decodifica nas artes, letras, ciências e filosofia.